Etiqueta: cso a insumisa

Rifas solidárias com as encausadas do cso a insumisa

Primeiro, agradecer a todas as pessoas que decidirom participar desta iniciativa,  entre todas armamos tecido e sostem para as companheiras encausadas e para nós mesmas.
Despois de valorar esta semana, decidimos adequar as perspetivas e ampliar o prazo de venda, adiamos o sorteio um mês, até o 1de junho.
O número ganhador pode-se consultar AQUI.

 

Para dar apoio económico as encausadas sairom a venda estas rifas que se podem atopar nos seguintes lugares (iremos atualiçando):

A Corunha: O Reventón, La Campana, El siglo, Fiandón, Acéfala.

Compostela: CS A Gentalha do pichel, CSA de Sar, Casa Obreira.

A Guarda: CS O Fuscalho

Lugo: A Hedreira: rua catasol 17, 27002.

Terra de montes: A de Rousmeri, em Caroi. (só quando há atividades).

 

Em total há 7 pessoas às que pidem 30 anos de prisom e 25000€

O próximo 1 de junho publicaremos o número ganhador. 

Sorteara-se umha cesta com muitos produtos artesanais e livros.

Que nom nos roubem a capacidade de sonhar
Como centro social okupado e autogerido, na Insumisa trabalhou-se para criar espaços culturais, formativos e de ócio; horizontais, livres, gratuitos e abertos.

Na sua trajetória acadarom-se estos espaços nos que as relaçons interpessoais nom estam mediadas polas lógicas de consumo.

Propiciou-se a reflexom política, gerando atividades solidárias e sendo altavoz de reivindicaçons que non tenhen lugar nem voz dentro dos cauces institucionais.

Este espaço de luita pola transformaçom social foi brutalmente despejado polo concelho da Corunha em Maio de 2018.

Quase 4 anos despois, o edifício segue sem uso, tapiado e baleiro.

7 pessoas enfrontam-se a um processo judicial derivado do despejo e das protestas posteriores. Juízo enmarcado pola lei mordaça e com petiçons que suman mais de 30 anos de prisom e 25.000€. Como nom, o relato policial é desproporcionado, cheio de mentiras e exageraçons para encobrir a sua própria violência.

A Insumisa somos todas!

Contra a repressom, solidariedade

 

Ardora nº4

ESGOTADO

Descarga: PDF.

Atopa o teu ejemplar nos pontos de distribuiçom.

Se queres recebê-la na casa podes subscrever-te enviando um correio a: ardora@bastardi.net. 

 

 

 

Editorial

Tés na tua mao o quarto número da revista Ardora. Um número que conta com a violência dos despejos dos centros sociais okupados e com análises sobre a escravidom do mundo laboral. Com reflexons em volta de conceitos que nos constroem como comunidade e com textos que chegam redigidos do outro lado do oceano. Com contribuiçons que dam espaço ao cinema e à banda desenhada dumha perspetiva de género combativa. Neste começo de 2019 queremos voltar para animar o debate social e considerarmos de novo a palavra escrita como ferramenta útil para as mudanças sociais.

Som muitas as companheiras que com as suas reflexons convidam nestas páginas a repensarmos alguns conceitos que temos interiorizados, a analisarmos os diferentes contextos sociais e políticos em que estamos inseridas, a olharmos para onde nom querem que olhemos e a rebelar-nos. A rebelar-nos, sim, contra a ideia da necessidade do consenso. Contra a doutrina da obediência. Nestas páginas há espaço apenas para o conflito como modo de pensar-nos. Espaço para o conflito como eixo verterador para a construçom de sociedades diversas. Conflito entendido como posicionamento contra as sociedades conformadas arredor da paz social e a normalizaçom. Contra as práticas autoritárias de apagamento cultural e silenciamento político.

Assim é que entendemos a teoria como parte da própria prática, a palavra como portadora de pensamentos, como mais umha forma de contestaçom política e militante, mais umha ocupaçom do espaço público, mais outro coquetel incendiário.

Em Ardora (s)Ediçons Anarquistas entendemos a leitura  como um ato revolucionário. Umha leitura pausada e reflexiva, um espaço em branco no ritmo frenético que exige a cultura do capitalismo. Umha prática que confronta com a primazia da vida hipertecnologizada à qual somos obrigadas a fazer parte. É por isso que a leitura se converte num tempo dificilmente aproveitável para o mercado do emprego e o capital.

Achamos que ao falarmos de ler nom estamos só a falar de decodificarmos signos gráficos e atribuirmo-lhes significados semânticos concretos. Falarmos de leitura é falarmos da interpretaçom dos signos, da rebelaçom das ideias, da dedicaçom do nosso tempo a pensarmos outras formas de vida e da ocupaçom material do espaço físico e simbólico que nos é roubado permanentemente para exercermos a açom. Também, dessa partilha em voz alta com as companheiras, de contar-nos, de cantar-nos, que é umha forma de pensar em coletivo própria das comunidades de tradiçom oral como a galega.

O tempo nom é ouro, nom, o tempo som açons, sensaçons e minutos.

Índice:

Insumisa

· «Despejos» do cámbio

Vozes

· O que significa ser indígena?

· Sobre solidariedade revolucionária

Além

· Que resista a ZAD

· Nom ao Alto Maipo e outras reflexons sobre o entorno anárquico.

Cinema

· O psicópata moralista no terror moderno

O fio negro da história

· Os primórdios da resistência contra o sistema tecnoindustrial

· Joaquina Dorado Pita

Chora et labora

· Chora e atraiçoa

Banda desenhada

· Roman Spring.