Etiqueta: banda desenhada

Desmesura

Desmesura é umha história em banda desenhada que fala do mal-estar , das redes de apoio, da expressiom da loucura. Fixemos esta ediçom em galego no marco dumha aposta por gerar debate e repensarmos desde o prisma da saúde mental, como coletivo, como comunidade; afastando-nos do individualismo para promover o encontro. Porque é aqui, no “nós” onde realmente podemos reconhercer(mo-nos) e construir novas formas de abordar mal-estares.


No meio de uma sociedade definida pelo isolamento e a atomizaçom, onde à vez que se vende a excelência do individualismo selvagem a diferença é condenada, poder permanecer no lado bom da linha depende de nom estar sozinho.


E nom estar só depende em grande medida de ter ou nom dado prioridade ao colectivo na tua vida, de pensar que a vida que vale a pena viver é sempre a vida que vale a pena viver com os outros.
Figem muitas coisas estúpidas e estivem muito perto de polo menos meia dúzia de abismos, mas preocupo-me dos outros, nom os quero perder, de uma forma vaga sempre soubem que a saúde também depende deles, e isso salvou-me o cu.

 

(Extracto da Banda Deseñada, ilustracións de Mario Pellejer)


Desde este recuncho, queremos mandar o nosso mais sincero reconhecimento ao trabalho de Fernando Balius e Mario Pellejer, por esta peça de arte criada da experiência encarnada, cheia de matizes e reflexons.

Nas palavras de Nando:

Esta banda desenhada vai da loucura.
E para isso falei da minha própria loucura, das vozes e os ruidos que ouço na minha cabeça.
Das cousas que me passarom e de como vejo o mundo.
Tenteino-no. A honestidade é um caminho fodido.
A maior parte das séries, filmes e novelas que tratam o tema o fam desde o estereotipo e sempre me resultarom alheias ou grotescas.
Eu queria falar e nom deixar de fazê-lo até liberar a vida do lugar no que se atopa aprisionada. Nom foi doado.
Os pincéis de Mario atoparom-se com as minhas palavras durante vários anos e agora o relato por fim está impresso.
Feliz digestom


Este livro pode ser adquirido nas nosas distris itinerantes ou agendando a entrega através de ardora@bastardi.net

Ardora nº4

ESGOTADO

Descarga: PDF.

Atopa o teu ejemplar nos pontos de distribuiçom.

Se queres recebê-la na casa podes subscrever-te enviando um correio a: ardora@bastardi.net. 

 

 

 

Editorial

Tés na tua mao o quarto número da revista Ardora. Um número que conta com a violência dos despejos dos centros sociais okupados e com análises sobre a escravidom do mundo laboral. Com reflexons em volta de conceitos que nos constroem como comunidade e com textos que chegam redigidos do outro lado do oceano. Com contribuiçons que dam espaço ao cinema e à banda desenhada dumha perspetiva de género combativa. Neste começo de 2019 queremos voltar para animar o debate social e considerarmos de novo a palavra escrita como ferramenta útil para as mudanças sociais.

Som muitas as companheiras que com as suas reflexons convidam nestas páginas a repensarmos alguns conceitos que temos interiorizados, a analisarmos os diferentes contextos sociais e políticos em que estamos inseridas, a olharmos para onde nom querem que olhemos e a rebelar-nos. A rebelar-nos, sim, contra a ideia da necessidade do consenso. Contra a doutrina da obediência. Nestas páginas há espaço apenas para o conflito como modo de pensar-nos. Espaço para o conflito como eixo verterador para a construçom de sociedades diversas. Conflito entendido como posicionamento contra as sociedades conformadas arredor da paz social e a normalizaçom. Contra as práticas autoritárias de apagamento cultural e silenciamento político.

Assim é que entendemos a teoria como parte da própria prática, a palavra como portadora de pensamentos, como mais umha forma de contestaçom política e militante, mais umha ocupaçom do espaço público, mais outro coquetel incendiário.

Em Ardora (s)Ediçons Anarquistas entendemos a leitura  como um ato revolucionário. Umha leitura pausada e reflexiva, um espaço em branco no ritmo frenético que exige a cultura do capitalismo. Umha prática que confronta com a primazia da vida hipertecnologizada à qual somos obrigadas a fazer parte. É por isso que a leitura se converte num tempo dificilmente aproveitável para o mercado do emprego e o capital.

Achamos que ao falarmos de ler nom estamos só a falar de decodificarmos signos gráficos e atribuirmo-lhes significados semânticos concretos. Falarmos de leitura é falarmos da interpretaçom dos signos, da rebelaçom das ideias, da dedicaçom do nosso tempo a pensarmos outras formas de vida e da ocupaçom material do espaço físico e simbólico que nos é roubado permanentemente para exercermos a açom. Também, dessa partilha em voz alta com as companheiras, de contar-nos, de cantar-nos, que é umha forma de pensar em coletivo própria das comunidades de tradiçom oral como a galega.

O tempo nom é ouro, nom, o tempo som açons, sensaçons e minutos.

Índice:

Insumisa

· «Despejos» do cámbio

Vozes

· O que significa ser indígena?

· Sobre solidariedade revolucionária

Além

· Que resista a ZAD

· Nom ao Alto Maipo e outras reflexons sobre o entorno anárquico.

Cinema

· O psicópata moralista no terror moderno

O fio negro da história

· Os primórdios da resistência contra o sistema tecnoindustrial

· Joaquina Dorado Pita

Chora et labora

· Chora e atraiçoa

Banda desenhada

· Roman Spring.

Ardora nº3

ESGOTADO

Descarga: PDF.

Para conseguir algum ejemplar ou para distribuiçom contactar a través de: ardora@bastardi.net.

Também podedes subscrever a revista e recebê-la na casa: subcriçom básica: 18€ (6 números)  + 6 € de gastos de envio. A intençom das subscriçons é dar estabilidade ao projeto, também som bem-vindas aportaçons solidárias.

 

Índice de conteúdos:

Vozes

· O inesperado

· Anáise crítico do 8 de Marzo, día da muller traballadora

Alem

· Luitando baixo o estado de emergência

Cinema

· Cinema de ficción anarquista durante a guerra civil

Ferramentas

· Contrato(do)

O fio negro da história

· Manoel Antonio: trala pegada dunha nova coordenada (Epifanias libertarias vol.2.3)

Chora et labora

· «Passei os melhores anos da minha vida num supermercado»

Banda desenhada

· Nestor Makhno