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Jornadas Anarquistas do Livro e da Autoprodução

Esta fim de semana estaremos em Porto com a banca de livros e mais apresentando o projeto. Também coas palestras dos livros de Mancomunidade, com Joám Evans falando sobre o livro e mais das luitas contra a minaria e “La locura reb/velada” de Miguel Salas, Asun Pié, M Carmen Morán, editado por Cambalache, onde Miguel falará sobre saúde mental.
PROGRAMA
Sábado – 28 de Maio
10h00 – Abertura
11h00 – Oficina
ACAB – A Cerveja Anda Bem, pela Coop. da Bicha das 7 Cabeças
11h00 – Conversa/Apresentação
“Feminismo e Anarquismo”
É essencial estabelecer relações entre os poderes que controlam
os nossos corpos, de forma a construir um movimento libertário mais forte. Atualmente, no contexto europeu, assistimos ao crescimento e consolidação de movimentos feministas radicais. Nesta conversa, queremos falar de feminismo duma forma abrangente mas perceber também os perigos que as estratégias adotadas pelo feminismo radical podem trazer.
12h30 – Abertura da Exposição “A pegada de Anar”
“Nunca existiu aquilo de que não há memória (ou é como se não tivesse existido). Por isso há aqui lugar a uma pequena mostra, mesmo que não exaustiva nem sistemática, da presença libertária nos acontecimentos e espaços do Porto (mas não só), sobretudo nos últimos 50 anos.
13h00 – Almoço
14h00 – Conversa/Apresentação
Apresentação do livro “Mancomunidade. Uma terra livre sem estado”, com Joám Evans Pim. Editora Ardora
16h00 – Conversa/Apresentação
Bairro ocupado em Gasteiz
18h00 – Conversa/Apresentação
Apresentação do livro “Identidade Equivocada”, do académico americano de origem paquistanesa Hasad Haider, a cargo dos companheiros que traduziram e editaram o livro. Neste livro, Haider traça, para além de outras coisas, uma historiografia do termo “política de identidade” e da sua aplicação à luta social. Pretendemos com esta apresentação animar um debate sobre os seus limites e contradição com o projecto anarquista. Editora Locus Horrendus
20h00 – Fecho
22h00 – Concerto – Casa do Salgueiros: Focolitus, Os Barbosas, Os Selektors, Flor Tecla Negra, Gaitas da Ínsua a Terras dos Montes
Domingo – 29 de Maio
10h00 – Abertura
11h00 – Conversa/Apresentação
Novo Circo e Circo Social no Chile e no Porto, uma conversa de ações comunitárias e autogeridas através das artes, como ferramentas para a transformação cultural e social, com o colectivo EKUN
13h00 – Almoço
14h00 – Conversa /Apresentação
Apresentação do livro “La locura rev/belada. Narrativas, experiencias y saberes encarnados”, com Miguel Salas Soneira. Editora Ardora
16h00 – Conversa/Apresentação
Anarquismo, animação e luta popular, com Zé Paiva (Terra Viva)
18h00 – Conversa/Apresentação
Apresentação do número 9 da revista Flauta de Luz, com Júlio Henriques
A revista Flauta de Luz vai para o seu nono volume, continuando empenhada nas suas temáticas centrais (a crítica da tecno-industrialização da sociedade, a presença das culturas indígenas). Neste n.º 9 é dado destaque à guerra na Ucrânia, através da posição anarquista e pacifista, abordando-se também a viagem zapatista pelo território português, o caso Julian Assange, a Internet como motor do capitalismo, o colapso da modernização. Mantém-se o espaço dedicado à intervenção poética e ficcional e às notas de leitura, e inclui-se um caderno a cores dedicado à obra do pintor e escultor Artur Varela. Entre os participantes neste número estão Jorge Leandro Rosa, Phil Mailer, Charles Reeve, Ailton Krenak, Bruno Lamas, M. Ricardo de Sousa, sendo de destacar o ensaio de Langdon Winner sobre «A complexidade tecnológica e a perda da acção».
20h00 – Fecho

Mancomunidade. Uma terra livre sem estado

“Mancomunidade. Uma terra livre sem estado”, de Joám Evans Pim

O livro recolhe “uma proposta libertária fundamentada numa organização comunal do território”. Como o próprio autor desenvolve som “retalhos de uma obra coletiva que está ainda por fazer. Uma constelação de ideias, histórias e desejos que apontam para um jeito distinto de entender uma terra livre.” Dividido em três seçons principais, o livro achega primeiro a proposta mancomunitária como organizaçom política e territorial e a sua aplicabilidade para o caso galego. No segundo capítulo o autor centra a atençom nos antecedentes em relaçom às comunidades que na Galiza se estruturárom em paralelo ou de costas ao estado, assim como das ideias elaboradas ao respeito para, por último, elaborar umha síntese que explique o sentido da Galiza sem estado. O prólogo escreve-o Lara Barros, ativista vinculada ao sindicalismo agrário, historiadora e especialista em montes vizinhais, quem acha o livro como “um exercício de liberdade de pensamento”, “sustentado numa liberdade de ação que lhe dá um alto conhecimento de causa”. O seu autor, Joám Evans Pim, é labrego e comuneiro nos montes de Lousame. Também é doutor em antropologia, membro do coletivo Véspera de Nada e da Academia Galega da Língua Portuguesa. Esta faceta multidisciplinar reflete numha temática e numha narrativa que fai com que este livro seja um lançamento novidoso no panorama editorial e político galego. Umha proposta com os antecedentes e movimentos sociopolíticos da Galiza presentes, e com a cabeça e as maos num futuro imaginado e, por isso, possível. Mancomunidade é um livro que ajuda a pensar futuros alternativos, que imagina umha Galiza mais justa, sem estado ou contra o estado.

FICHA TÉCNICA

Mancomunidade: Uma terra livre sem estado

Joám Evans Pim

Ardora (s)ediçons anarquistas

Impresso em Compostela por Sacauntos Cooperativa Gráfica

Agosto, 2019

8 euros

ISBN: 978-84-120648-4-1